MÃE, AMIGAS, PRIMA, ZULEIKA *

NA MADRUGADA DE 30 DE MAIO DE 2014

Mãe, faço o que posso, faço o que consigo, e consigo e posso bem pouco, deveras, bem pouco! Tão pouco para ti, tão pouco para mim! Perdoa-me por tudo o que não consigo e não posso fazer por ti, mas, perdoa-me, sobretudo, por todos os meus escuros de dentro, dos quais você conhece apenas uma parte, apenas uma parte, mãe. Perdoa-me.

Amigas minhas da vida “real”, muito obrigada por vocês existirem; ainda que quando só por telefone, me sinto povoada, sente-se povoado este meu tão fundo deserto existencial. Perdoem-me, em especial Taís, por já não ter aquela presença plena que vinha sempre com a palavra certa, com o gesto certo, que não ando tendo mais. Perdoem-me.

Márcia, prima querida, grata por estar levando minha mãe ao médico e aos exames necessários. Muito obrigada.

Zuleika, tão carente de si mesma e da própria vida: perdoa-me por tudo... perdoa-me por tudo... perdoa-me...

* Ainda bem que hoje é o último dia do mês de maio, do maio que neste ano de 2014 foi terrível. Vá com Deus, mês de maio de 2014. Vá com Deus.