ESCOLHEMOS A QUEM AMAR?
Será se realmente é possível escolher amar alguém? Utilizar a racionalidade para conseguir sentir o que é mais devastador e fragilizante no ser: o amor.... este que nos torna tão irracional e primitivo.. haa... (suspiros). O amor é um dos sentimentos mais paradoxal que eu já pude perceber diante desta minha curta passagem no mundo dos amantes, ele consegue nos guiar de forma devastadora para caminhos internos até então desconhecidos por nós. Faz com que abramos mão dos nossos próprios interesses em busca de satisfazer outrem, mas quando o amor pega o ônibus e vai embora, nos sentimos tolos por ter agidos como tal!
Então o amor em nossas vidas é bom ou não? Já que ele impede de enxergarmos as verdades da forma que se apresentam?... (tenho certeza que não era a paixão, esse sentimento não ultrapassa a superfície do desejo e atração, ERA amor mesmo....) E o que me faz me questionar é a esperança que ele nos faz criar mesmo em situações bem adversas... nos dá uma resiliência que nos faz suportar todas as dores e defeitos do amado.
O amor faz com que nos deparemos com todas as imperfeições e modo primitivo do outro ser e mesmo assim continuamos a insistir algo, mesmo quando é dado mensagem até quando se cala, permanecendo em silêncio...
O amor me fez insistir durante cinco meses em um sentimento que mesmo em estado embrionário, cresceu em ambiente inóspito e tornou-se grande, com esperança de criar raízes firmes e fortes, mas a racionalidade de mim tomou conta e fez com que este sentimento passasse adiante, eu vi que era tudo ilusão, o amor só estava me cegando das verdades e realidade do jeito que ela é.
Percebi que o amor nasceu aonde não devia, foi regado sem necessidade de agua e quando eu percebi a proporção que estava tomando vi que o que se criava não era o amor propriamente dito, não era a paixão... era apenas a ilusão de me afogar nos braços de um alguém que nunca vai me merecer, talvez por acreditar que é possível escolher a quem amar (o que discordo!)... Tenho a leve certeza que hoje o amor que prevalece é o meu "amor próprio".
ELAN LIMA 29 DE MAIO DE 2014