E que seja...
Como um cheiro de uma rosa que não vemos, obscura na escuridão da incerteza, se constrói o amor que sem medo de errar aposta que você não vai sofrer. E que o sofrimento seja descontínuo a medida que os segundo se passam, e que este possa mais nos ensinar do que nos prender.
E que seja o amor capaz de orientar cada passo dado pela noite que nos abraça. E que seja claro como o meio-dia que nunca esconde as maneiras simples de se ensinar e aprender sobre amor. E que nem seja história contada pelos ventos que atravessam os dias aumentando vírgulas e falhas em páginas muito bem contadas.
Como se houvesse a certeza de que nada mais é como se pensava um amor jovem quando calejado pela angústia prefere o desamor ao feliz destino de a um coração pertencer. Como uma injúria malígna de palavras jogadas na cara de quem sabe que por um amor os ouvidos ignoram as vozes do pensamento.
E que seja maior do que a força que une as bestas e os anjos para o dia que se separarem os homens dos homens, sem que se separem suas vidas e suas histórias.
E que nada disso seja verdade se houver desesperança na fuga das ideias que iluminam sua consciência em estrofes organizadas pelas linhas tortas de um caderno que ja se construíra às pressas.
Ou que tudo seja correto, pelo semblante bonito das vozes que cantam e dançam, festejando doces harmonias ritmadas pelo toque do coração.