Maranduba
Ao longe já retumba o trovão
A batalha, ó sim, chegará
A quem Tupã virá em auxílio?
Faz-se soar o maracá
Sumiu por entre as árvores
Índio e tronco, terra e fruto
A igara plena de guerreiros
O rio se põe como mudo
Rápida como a jaguatirica
A arapuca está aprumada
Súbito, saraivada de flechas
De temor se enche a taba
O sangue jorra como olheiro
Sobre o outeiro, brada o cruento pitiguara
O céu abre seu titânico véu obscuro
Quaraci, enfim, torna a taba alumiada
Cadáveres pela ira subjugados
Banquete, decerto, haverá
E o sabor vermelho da vingança
É sangue que Quaraci faz talhar