Poranduba das Clareiras

O vento é o prenúncio do frio

Um zéfiro gélido empalidece o rosto

A rasga-mortalha corta o céu

Um firmamento triste, insosso

As nuvens passam bem ao longe

Cinzentas, carregadas de lágrimas

Secreções celestes que escorrem

De sua súpera fronte

Sinfonia de gritos, clamores do vento

Frias vociferações que vêm num sei donde

E Tupã faz-se ver ao atento

Como um corisco no negror do horizonte