Amor por filosofar

Assistindo à história de Sócrates percebi que tinha um amor platônico, e o meu desejo pelo saber das verdades é o motivo de eu viver atônito, sei que não cabe tamanho conhecimento dentro da minha cabeça de ser humano.

Mas a filosofia me brinda, ela flerta e me faz alerta, desperto, me encanta, me acalma ou me espanta, e sem ela a alegria me abandona. Mesmo consciente de que a verdade nunca não viverá comigo, ainda assim sigo no intuito de persegui-la não dou-lhe trégua um minuto, nem em sonho. Sou como o cavaleiro andante, um solitário amante a fugir das mentiras que me perseguem por vingança.

Sigo errante com as palavras em nossa labuta diária, construindo ideias com tijolos alheios doados, para qualquer amigo que precisar de abrigo, carrego o amor no peito e a dúvida no cérebro, mas é a fé que me conduz como Pégaso, a voar inebriado pela brisa das névoas.

A fé que ofereço para o Ser Supremo, o Grande Espírito que me dá força, me inspira, me instiga e me guia pela vida, ele me deu a página e quer que eu escreva o livro. Quem sabe um dia vira filme.

Filme? Eu recomendo este: Sócrates, de Roberto Rosselini, de 1971, que eu acabei de assistir, está inteiro no YouTube. Se você ama a filosofia, vai assistir sua própria história, só que na Grécia antiga.

Filme de herói pra mim é assim, para fazer o bem, antes você precisa saber o que o bem é, não sair dando tiros por aí, o que qualquer vilão faz muito bem.