Renasço

Me vejo nos olhos da criança. Até quando essa pureza vai durar... Talvez seja a hora de recomeçar. Renascer, mais uma vez nesse mesmo corpo. É o parto do meu ser: a ruptura vai acontecer, mesmo que artificialmente. Falo e digo o nada: Ainda guardo uma infantil ingenuidade. Sofro amargas lágrimas por isso.

Por quê?

O Oleiro me deixou à mercê?

De mim.

Do pó que serei.

Da paga que mereço, e da que ainda vou merecer.

deprofundis
Enviado por deprofundis em 24/05/2014
Código do texto: T4818998
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