Eu

Dias de isolamento tenho vivido,

Numa constante busca por paz.

Que não seja ilusões da mente,

Criando vislumbres inconsequentes.

Em desassossego e inquietação,

De esse ser que eu sou sem querer ser.

Prossigo em um reflexivo caminho niilista

A direção contrária da normalidade imposta.

Com uma necessidade intrínseca de encontrar

Algo, alguém, um sentido no sem sentido.

Para assim, entender os mistérios envolvidos:

A morte, o universo, isto é, o próprio “eu” diverso.

No que me faz ergue-se, a uma demasiada cogitação existencial,

Nas respostas dos porquês, inerentes ao sofrimento humano.

E o determinismo vicioso do olhar.

Descubro então, a paz racional, puramente pela razão.