Não dá mais tempo.
Não sou tudo que eu gostaria de ser e, com certeza, nunca serei. Não dá mais tempo. Isso é bom, me reconforta. Vou trabalhar naquilo que não sou sem pressa ou obrigação de vir a ser. Talvez acabe sendo, mas isso será só um acidente de percurso, não um objetivo. O que sou não é lá grande coisa. É só um certo tanto do que eu gostaria, mas um tanto suficiente que me deixa apaziguado com o resto que ainda não veio. Não veio e não virá, pois, como disse, não dá mais tempo. Vivendo na modernidade, não piorar o que já sou vem fazendo muito mais sentido a mim.