O hiatizado é um pretérito perfeito composto.
Antes do venha a nós o vosso reino, o hiatizado tem que viver a realidade nua e crua de ser crucificado, para depois engatinhar os seus pedidos junto ao altar.
O Deus não está nos céus como quer o comodismo dos hiatizados que rezam de joelhos na frente de santo de pau oco.
O seja feita a sua vontade, não contrasta com os dotes do orgulho, ódio, desgraça, da impiedade alheia.
O pão nosso de cada dia não é de confete nem serpentina em festa de Carnaval. Ele é duro como uma pedra e não é pagão – imoral, mundana.
O hiatizado leva uma aparência postiça e não faz prodígio. Vive num castelo de areia de mentiras as custas de perfumes falsos e bijuterias baratas.
Tem uma bondade picante de uma serpente do Nilo.
Um desses hiatizados tinha um nó de orgulho na garganta que se materializou em corda e acabou enforcado.
Hoje esse não mais existe ninguém nem sabe quem foi. Sem história, virou pó.