Frozen
Hoje é um dia comum e indesejado. O calor abafa a atmosfera e parece afetar a minha realidade, que chama pelo frio. Os dias nublados, os ventos, as chuvas e o ar gelado insistem em manter-se ausentes. E permaneço. Sentindo falta das meias, das lãs, dos lábios rachados e até mesmo das viroses correspondentes aos resfriados. Mas os cobertores foram substituídos pelos lençóis, e até mesmo isso parece ser irreversível. Porque o dia não espera que eu levante do chão, assim como o Sol não espera que todos acordem para iniciar o amanhecer. E mesmo essas lembranças, essa saudade que me consome pode ser fruto não apenas do clima, mas de algo maior. De um sonho, uma fase, um desejo ou um inverno passado.
Não terei uma resposta até que outro inverno recomece.