A FRUSTRAÇÃO DO AMOR
Dissemos:
"O ódio é a frustração do amor"
E assim, todo aquele que admira muito outro, que quer muito o outro, que necessita do outro enquanto objeto da sua luxúria não atingirá o amor. E sentirá ódio. E movido pelo ódio, fará loucuras. E encomendará sangue e derramará lágrimas sob a pretensa condição das justificativas burguesas que tudo perdoa, por causa do sangue de Cristo, aqui usado como desculpa para derramar mais sangue.
Mas nós escolhemos os amor. Escolhemos beijos. Escolhemos a delicadeza da nudez e a alegria da troca. E todo o ardor suave da energia que vem do centro às extremidades, retornando ao centro dando um novo vigor ao coração e uma nova esperança ao espírito. Sempre vou querer mais. E temo querer mais ainda que me faça mal, ainda que me maltrate e me faça chorar. Ainda que como Sylvia Plath, escrevendo poemas e alimentando sua cria enquanto Ted Hughes destilava romances pelas praças. Quanto mais sofria, mais escrevia. E os editores acreditavam que por isso ela devia sofrer. A vida que se consome? Os poemas que ela escrevia aliviavam e a consumiam ao mesmo tempo, um amálgama de prazer e dor. O propósito é o princípio de seu próprio fim. E é no fim que escolhemos se fomos felizes ou não.
A felicidade é uma escolha. A culpa é um destino. O prazer e a dor são consequências que caminham unidas, por causa delas sentimos alegria. Mas não chegue muito perto senão eu deságuo. Pois você é lindo e em você a frustração ressuscita em forma de ternura, doçura e sabor.