Talvez, quem sabe, o ciclo da vida devesse começar pelo final.
Nascermos adultos e com o crescimento, sentir a criança aflorar gradativamente em nós.
Ver, passo a passo, toda a essência pueril, generosa, fiel, desprendida, amorosa, autêntica, humilde e sonhadora, fluir naturalmente, como um rio cristalino...
Talvez, quem sabe, nossos pés trilhariam caminhos de afeto, cordialidade, respeito, solidariedade; nossos olhos despertariam no horizonte da alteridade.

Então, talvez  quem sabe, o mundo se faria melhor, mais justo, mais humano e mais igual no seio das diferenças...
Quem sabe, o crescimento se tornasse um processo prazeroso e saudável, o aprendizado edificado sobre os pilares essenciais e insubstituíveis.
Ai, quem sabe, o conhecimento traria em si aquilo que realmente importa; em seu âmago, a sabedoria necessária para fazer de nossa vida algo mais do que uma mera existência egoísta, solitária e frustrada, onde alcançaríamos a verdadeira paz, entendendo enfim o real sentido da felicidade.
Finalmente, quem sabe, Deus pudesse sorrir ao constatar que sua criação mais prodigiosa estaria correspondendo como foi idealizada: à SUA imagem e semelhança.
Talvez, quem sabe...
 
BETH LUCCHESI
Enviado por BETH LUCCHESI em 10/05/2014
Reeditado em 10/05/2014
Código do texto: T4801096
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