A IMPERTINÊNCIA
Apodera de mim
Mata-me
Entrega-me ao fim
Caminha dissolvendo
O que minha vida
Vai vendo
Como tendo
Combatido
Monstros
Que nunca vi
Que vivi
Sem perceber
Depois sai
Até logo então
Seja feliz
E vai
Simples assim
Coração cáculo
De relógio
Afinado
Mágoas
águas derramadas
Por excesso de
Compaixão
Pareço apenas
Filho então
De um desejo partido
Repartido entre
Quem nunca queria
Ter de volta então
Elos de correntes
Sem direção
Qualquer direção
Elos de correntes
Sem permissão
Esta solidão que está vendo
É por dentro
“Admirado é seu centro
Decorado
De cacos do passado”.