Olá Erros
“Eu tentei acertar mas errei...”
Várias tentativas de acerto é o mesmo que reconhecer as falhas. A quantidade que se tenta não é mais importante do que o resultado errado. Por isso é injusto mas válido questionar se a falha dos erros são vícios... Um detalhe certo não coube a hora errada e errar tantas vezes provém de querer, que justifica o vício.
Repetir inconseqüentemente ou inconsciente os mesmos desacertos deve ter algum motivo mais louvável que deslavado. Ninguém em sã e equilibrada consciência quer sujar a imagem que admira. Sucessivos fracassos podem denegrir a estátua do caráter. Se uma personalidade foi corrompida, se algum elo está perdido, resta saber se existe gosto no mal que se depende.
A dependência acomete falhas, desempena nosso juízo, envergonha o que não se faz envergar. Há querer onde não há poder, pulsa vício onde não há repulsa... O gosto que fomenta o vício está nas costumeiras formas de agrado por qualquer necessidade de sanidade do viciado. Este ser louco não tem santidade, inocência alguma – tem apenas falta de postura.
Aqueles que tanto erram, podem não gostar de falhar, mas querem justificar sua própria loucura ou dependência, com falta de querer suficiente. Sendo que na verdade, querer demais é o problema de proporção viciante.
O louvável em acreditar que pessoas saudáveis se entregam ao vício de errar, é por que se perdem na própria razão. E a razão continua sendo razão mesmo que deslocada. É preciso desfocar a maior necessidade pela melhor, para entender que a verdade nunca muda de lugar. Quem está fora do eixo da retidão é cada fraco com a sua loucura.
Parasitamos, por querer em demasia alguma satisfação enquanto o que nos faz poder, é mudar qualquer vontade de lugar... Ser fraco é poder de menos e poder de menos é que nos faz falhar. O vício é lacuna para aqueles sem limites. E todos deviam saber que até mesmo a liberdade respeita o limite da existência – E não existe respeito sem verdade.