Sou o que sou...

Novamente mais um dia se foi cedendo lugar a uma bela e fria noite. Da janela observo as pessoas que vem e vão completamente imersas em seus pensamentos, em seus próprios mundos...Tão distintas e ao mesmo tempo absolutamente iguais. Comportamentos pré determinados por uma sociedade que se habituou ao convencional, ao politicamente correto. Definitivamente não pertenço a essa selva. Em meio a tantas pessoas que seguem suas vidas de forma exatamente igual, escolhi ter sentimentos e ações diferentes. Não sei ser superficial, não sou alguém que pode ser lapidada de acordo com os desejos alheios. Em meio a inúmeros acorrentados, sou livre, um animal indomável que simplesmente segue seu caminho com a certeza de que nada poderá mudar sua natureza. Não sei ser sempre a mesma, me dei a liberdade de ser várias, de me posicionar de acordo com os sentimentos que me regem no momento. Optei por fazer o meu caminho e segui-lo, nem que meu trajeto tenha que ser feito sozinha. Nesse exato momento tenho a firme convicção de que é melhor seguir só do que ter correntes em meus pés e algemas em minhas mãos, me impedindo de ser aquilo o que REALMENTE sou. Melhor conviver com a inconstância do que ser um mero fantoche a mercê das circunstancias, sem vida própria, que é capaz de abdicar de suas reais vontades por motivos que não valem a pena. Melhor ser odiada pela forma como penso e falo, do que ter a minha voz silenciada. Sou menina, sou mulher e acima de tudo sou exatamente aquilo que eu bem quiser. Sem restrições, sem medos, uma pedra que definitivamente não pode ser lapidada, um animal indomável que segue livre seu curso tendo como companheiro somente o vento em seu rosto e a sensação de que nada e nem ninguém poderá dete-lo