Guerra Particular.

E eu sobrevivi.

Não deixei de viver, nem ao menos de sonhar.

Aos poucos dei outras formas ao meu cotidiano, aos meus gostos.

Hora ou outra relembrando um detalhe ou um segredo confidenciado sob a luz de velas e um bom frisante.

Exitei algumas vezes em remexer nas feridas tentando provar pra mim mesma que eu podia sim ser feliz sem você.

Sangrei, chorei, morri me reinventando sem me moldar a você.

Mas sobrevivi.

Ta certo que certas coisas me remetem a você quer eu queira, goste ou não.

Uma determinada fruta, um filme, um artista, uma música.

E eu vou seguindo, sempre em frente, mas olhar pra trás é tentador. Uma espiadela só, posso?! Deixa?! Será?!

Melhor não.

Não é justo com o meu presente.

O passado é sacana e sensual.

Meu presente é especial e único. Jamais magoaria meu presente.

Me sinto protetora do mais valioso tesouro, meu presente foi salvador por um tempo, mas depois já me parece igual a tantos outros.

E o futuro? O que esperar dele.

Tá, ok, sou que faço o meu futuro.

Portanto devo decidir se deixo o passado voltar a ser meu presente e consequentemente o futuro ou se mantenho o presente almejando o tão sonhado futuro diferenciado.

Escolhas... sempre!

Mas, vou sobreviver!!

De uma forma ou de outra, com ou sem você.

Vou sobreviver.