(in)definição

Sei que me aventuro nos pardieiros, abro mão de princípios pela boa convivência.

Digo estar tudo bem, por conveniência.

Nem sempre convém ser omisso, mas eu me envolvo, me precipito.

Vejo além, idealizo, eu emburreço.

Não sei se sou ciumento, não sei dizer o quanto eu aguento,

talvez isso devesse ser testado.

Só sei que quero pra mim, só sei que não quero me perder.

Sei que não suporto desrespeito, sei dizer o que eu posso tentar.

Dispenso carências desesperadas, essas machucam e se dizem apaixonadas,

de quando em quando a gente cai, diz que vai, mas não vai.

Difícil definição de mim.

O cheio, transbordando, o exagero medonho.

O tanto quis, que já não quero. Tanto faz, assim espero!

Eu sei que erro e não me arrependo.

Eu já nem choro, me compreendo.

Talvez seja o ócio, que esvazia meu cérebro, que me remete à paixão.

Eduardo De Caneda
Enviado por Eduardo De Caneda em 24/04/2014
Código do texto: T4781050
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