DIGNIDADE

Não posso viver de quimeras,

fagulhas, restos,

ausência de gestos...

Sou da abundância,

do exagero, da ânsia,

da gana de viver intensamente

e sonhar densamente...

O elo entre o sonho

e a vida está justamente

nesta fartura,

nesta agonia que

o pouco me causa,

nesta angústia que o mínimo

representa

E é por isso, que entre a esmola

e o nada,

eu prefiro o vácuo,

ele é infinitamente maior,

e muito mais digno!

Silvana Cervantes

Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 07/05/2007
Código do texto: T477590