Expectativa

A ruína do poeta está na expectativa. Ele deseja criar algo ímpar, de extrema habilidade literária e originalidade criativa. Se dispõe a praticar até que finalmente se vê diante de uma obra magnífica. A autocrítica excelente, logo é disponibilizada aos fiéis de sua literatura. No entanto, se os leitores ou críticos se atem a um ponto de vista diferente, até mesmo divergente do idealizado, o autor se frustra. Porém se o poeta levar em questão a credibilidade e o gosto pela própria obra, opiniões diversas, popularidade ou não, permanecem ao plano secundário de sua avaliação, deixando a expectativa ou as circunstâncias falarem por si mesmas. Dessa forma, grosseiramente digo que o sucesso desse autor consiste na surpresa. Pois ele ama o que faz sem esperar nada em troca, se por acaso recebe elogios e/ou críticas positivas, ganhar seguidores ou destaque de seu nome, é mera ocasionalidade despreocupada de uma criatividade espontânea e verdadeira expressa em algumas linhas.

Willian C Martins
Enviado por Willian C Martins em 15/04/2014
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