LUA DE SANGUE
É, eu precisava passar por tudo isto: incontáveis problemas de saúde, vida amorosa conturbada e doentia, mortes, equívocos, passar rapidamente por BH; algumas tatuagens, bebedeiras, alguns humanos e mais lágrimas de pseudo-amor. Precisava ter lido todos aqueles romances e livros técnicos, experimentado todas aquelas comidas e pessoas. Necessitava Ouvir todos os NÃOS possíveis sem desanimar, pois eles estão só começando. Desistir por desistir suponho que seja antiestético e careta. Ontem perdi a Lua de Sangue, mesmo sabendo que todas as minhas noites são sangrentas. Mas ontem era uma homenagem metafórica e irônica da natureza me expondo escancaradamente para os outros. - Quem são eles? - talvez; os frágeis. Ontem, um pouco antes de me drogar com medicamentos e perder minha lua, brinquei de siso em frente ao espelho. Estava lá, eu e minha alma, nos observando através dos olhos que refletiam no espelho, quem risse primeiro perderia, porém, para a nossa desgraça foram só lágrimas e o jogo acabou sem vencedores. E lá tem graça empatar na vida? -Acho que prefiro perder. O empate é anti-higiênico.