Mudas caras.

Era cedo, o sol batia na cara, pessoas levantavam pro serviço e vida andava, o relógio marcava às oito, o quarto vazio e mobilhas pra fora, forrado chão de jornais velhos era hora de começar. Mas, o que leva a mudança?

É domingo, um dia antes havia levantado diferente cuja tudo que olhava parecia tão banal, e avacalhado, a parede atrás da cama era igual as outras, uma cor mofada de folhas antiga de livros, que sempre fazia acordar o mesmo, parei, olhei e ao pé da cama indaguei:

- Por quê não mudar isso?

Mudanças não são fáceis, não rápidas, e muito menos agradáveis ao ponta pé inicial, mas são precisa e validas, só que longo prazo. Diante ali imaginei o que eu poderia fazer?

Mudar é como encontrar uma estrada com vários outros caminhos, se você não trilhar nunca saberá onde cada um vai dar, e ali estava eu diante da parede, estático. Seria então melhor mudar a cor? Por um desenho? Um quadro? Prateleira?

- O que fazer?

Diante da vontade persistente de mudar, dê um passo de cada vez, um pequeno detalhe no dia-a-dia, uma mudança de habito, tudo faz diferença, e o melhor a mim era começar pela cor.

- Melhor? sabe quantas cores posso colocar lá?

- Sim, muitas. Mas, por que não tentar.

Era cedo, o sol batia na cara, pincel apostos agora sim é hora de começar...

Tantos erros, tantas falhas, mudar não é simples, mas eu me lembro que quando agente errava logo no tempo de escola a professora falava a nós :

- Continue, vire a página.

Era um jeito divertido de recomeçar e a partir dai seguíamos atentos, crescido.

Seja pra pintar uma parede ou mudar sua vida, tente, persista, não há êxito sem erros.