Quando o encontrei pela segunda vez.

Quando o encontrei pela segunda vez, tive a sensação de nunca tê-lo esquecido. E, foi estranho, porque espalhei aos quatro cantos que ele não fazia mais nem cosquinha no meu coração, que ele não faria meu coração palpitar nunca mais. Mas aí, aquele canalha ressurge como quem ressurge das cinzas. E desperta todo aquele amor de novo. Aí ele faz com que eu fique com aqueles velhos pensamentos melosos, os mesmos apelidos carinhosos, as mesmas frases clichês na cabeça, os mesmos livros de romance que ninguém mais ousa ler, e aquelas histórias que só eu mesma pra ter a capacidade de escrever. E ainda faz com que eu perca o sono, troque os nomes na hora de assinar um documento importante, esqueça o nome do melhor produto de cabelo do universo. Aí eu fico irritada por ele sempre conseguir como ninguém me tirar do chão, me fazer sorrir com qualquer piada, por mais sem graça que seja. Mas não tem jeito, é só ele sorrir pra toda a minha raiva passar, é só ele falar com jeitinho que lá vou eu fazendo tudo pra agradá-lo.

Débora Laís
Enviado por Débora Laís em 11/04/2014
Código do texto: T4765065
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.