uma noite luzidia se avoluma
em tentáculos mornos e iridiscentes,
uma lua vertiginosa suspensa afaga
a neve, que derretida se molha.
A visão turva e se move...
ao acariciar o nada que ressurge,
mornamente vai e vem,
abrindo-se em leque de sentidos...
uma cor purpurina atrai,
o olhar de mil luas que se refaz,
e a hora se levanta silenciosa,
ao ouvir o ruflar dos beija-flores,
bicosos bicam a hora nos pernoites,
ao esperarem a outra
por dentro de tantos outras,
que flutuante segue...
rastros, pores e moinhos...