Desilusões

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Desilusões

Às vezes, construímos castelos de ilusões, mundos coloridos, cheios de amor, amor cúmplice, recíproco. E o tempo nos revela que as cores estavam apenas dentro de nós, posto que no outro não havia nada, além de discretas suposições impossíveis de um mundo intocável em preto e branco.

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Chorando

Preciso entender o valor das lágrimas.

O calor do meu verdadeiro amor,

em contato com a indiferença com que me tratas,

provoca o aljôfar que se prende à flor,

solitária e vermelha, envergonhada...

Preciso compreender o sentido de continuar.

O valor da minha insistência,

diante de tantas dúvidas e enxovalhamentos,

desmerece toda a bondade que tenho,

deixando-me, por segundos, ao rés do chão.

Preciso compreender que existe o adeus.

O furor das minhas palavras,

embora pareçam agressivas e inflexíveis,

apenas escondem o medo de perder,

pois que a vida não faz sentido longe de ti.

Preciso aprender a silenciar.

Quem ama tem instintos e ímpetos...

Na brevidade da angustiante espera

- para quem faz esperar -

pode estar a razão de toda angústia.

Preciso reaprender a amar.

O amor que prende de verdade,

que sente o cheiro e está perto.

De promessas e singelas esperanças

meu corpo não aguenta mais.

Nijair Araújo Pinto

Iguatu-CE, 7 de abril de 2014.

16h49min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 07/04/2014
Reeditado em 28/02/2015
Código do texto: T4759792
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