Carmesim

Belos são teus olhos, perfeito seus labios, magnifico o vosso sorriso, o quão ardente e a chama de seu cabelo carmesim, O FOGO que tanto atormenta-me, chama queime meu corpo e destrua meu ultimo suspiro, vivo e penso na vida após a primordial vida, choro e moro na primordial fonte de sofrimento. tortuosa e obscura.

Amedrontadora morte premeditada cujo o desejo espelhado, mais tão pouco refletido, a coragem que tanto me falta, prefiro entregar-me a tão ansiosa decapitadora a me desiludir com vossos formosos rios de sangue, vejo na janela algumas rosas e pensei em oferecê-las, porém são sem brilho, sem cor e sem o tom tão vivido de meu tão amado carmesim, ao me declamar a janela avistei um pequenino pássaro de beleza inigualavelmente vista antes, deparando-me com tal pássaro, disse.

-Amigo, será possível estas flores albinas e sem vida, virarem lindas rosas vermelhas, para que eu possa oferecer ao meu incorrespondido amor.

Com vigo a ave deu-lhe um belo canto,mas não pude entender já era noite, pensei que pássaros não voassem a esta hora, logo após deitei-me. Ao amanhecer como de costume abri a janela e pude notar que o meu pequeno amigo havia de estar morto,ele ergueu seu peito e deu seu ultimo canto, apertando-se entre os espinhos da roseira até que o furassem, e que seu vivo sangue manche-se a rosa, e a torna-se um presente para minha amada carmesim, tão formosa mas feita com dor, formada por um sacrifício de um pequeno, mas corajoso pássaro.

Ao descer as escadas, dei-me o ultimo suspiro pois levaria a flor como presente, mesmo sendo covarde devo isto a ele, que tanto por mim fizeste.

Ao deparar-me a amada, a dei a tão virtuosa, apoiei-me na fechadura do coração abri a porta e deixei o jardim florescer, trancafiado por gerações estava inundado no mar de tristeza e sofrimento, mas quando vi que um pequenino ser, fizera algo tão magnifico pude obter a força necessária para na presença da idolatrada, poderá-me debruçar em seus cabelos carmesim.

O CARMESIM!

Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira
Enviado por Carlos Vinícius Azevedo de Oliveira em 07/04/2014
Reeditado em 01/05/2014
Código do texto: T4759258
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