E o que é ser professor?

E o que é ser professor?

Muitas pessoas ao ouvirem essa pergunta têm instantaneamente como resposta: Aquele que ensina. No entanto, é muito superficial assim conceituar, apesar de não estar errado, é preciso se fazer reflexões mais sérias sobre esse tema.

Aristóteles em seus estudos metafísicos deu grandes saltos sobre os seres e os não-seres, e por ele foi muito bem colocado que uma das principais características dos verdadeiros seres é a conjugação do próprio verbo ser, sabendo claro de suas exceções.

Mas afinal o que professores das salas de aula são? Máquinas de repetição de conteúdo? Se sim – e sabemos que para muitos infelizmente essa é a resposta – qual é a finalidade em ter os diplomas então? Os livros não já são suficientes para repetir informações? São ditadores do aprendizado? Mas, não se é claro em pleno auge da evolução humana, no século XXI, que a cada nascimento de um bebê, nasce também uma forma de entender diferenciada? São aqueles que ensinam afinal? Sim, mas não apenas isso. Senão a palavra “tudo” devia ser sinônimo de “professor”, tudo ensina, tudo é pretexto para se aprender, o tudo ensina bem, até quando no nada ele se faz presente. O interessante é que a resposta se faz mais clara que as lágrimas que se afoitam ao cobrir os olhos dos que choram. Qual é a finalidade de ser humano afinal? Para que um humano em meio a outros humanos? A vida, essa sim é sinônimo de aprender. Ser professor é viver. Quando se vive se ensina, não somente a você, mas a quem está prestes a nascer.

A física tem seus segredos, a Química seus sigilos, a Matemática seus códigos, a História tem suas histórias, a Geografia suas descrições, as Línguas suas persuasões, mas somente os professores que as controlam detêm o poder de a partir das peculiaridades de cada matéria formar em mentes ainda informes a forma de viver. Ser professor é ser educador. E ensinar educação, é com embasamento no respeito, manusear os segredos que lapidam personalidades. Pois geralmente esses atores atuam na juventude que é época da formação dos caráteres. Já se perguntou se alguém que se sujeita a você, mesmo com vontades fisiológicas, te vê como inesquecível? Se alguém te ver como um simples gravador bobo? Você já pensou em quem você é para seus alunos? Você já pensou se é um professor para eles? Ou se assume somente essa posição? Se você agora enxerga que seu caminho até como “professor” se restringe a apenas opiniões de ofensa, lastime; no entanto se queres mudar isso então mereces a honra de não se dobrar perante reis, se não queres então não perca mais seu tempo, se aposente, os livros já são mais que suficientes para seus alunos aprenderem os tão difíceis caminhos das grades de conteúdos. Para que um humano como professor para não ser humano? Você professor tem o poder de restituir quebrantos nos corações, de humanizar suas técnicas facilitando os entendimentos mais fracos se em relação a aquilo que é mecânico.

Professor lute por você, quem luta por si mesmo luta pelo que ama, lute por suas aulas. Seja humano nelas.

Imagine que o ceifador da morte já passou por tuas gargantas, e que está prestes a levar dois de teus alunos atuais que já passam dos sessenta anos. Eles conversam sobre professores que tiveram. E um diz: - Eu tive professores péssimos, tive professores bons, e tive, mesmo sendo poucos, inesquecíveis. E que grupo você ficaria? E em qual pretende ficar?

Leandro Santtos
Enviado por Leandro Santtos em 06/04/2014
Código do texto: T4758928
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