Fragmento 5: pra não deixar de dizer
Crença em valores,
Sem qualquer irreverência,
É crendice que engana,
Pela ingênua vivência.
Não desafoga,
Nem faz desaforo,
Pois, sempre se está a crer,
Na placidez da vivência.
Desaforo.
Desafogo.
Irreverência.
Desaforo.
Desafogo,
Em irreverência,
É pessoal e a ninguém faz,
Qualquer mal.
Somente nos faz viver,
Em posição de tensão,
Para que a ferocidade dos valores,
Não nos pegue de pés no chão.
Gosto de viver, por minha vez,
Não tensão irreverente.
Caminhando sem entrega e,
Também sem clara contestação,
Pois a isso que ao meio caminho,
Prefiro seguir fazendo sempre a sua desconstrução,
Numa vivência de borda,
Que tem o duvidar como ação.