Posfácio do Autor no seu Livro "Ainda o Amanhecer"

A linguagem mais eficaz e duradoura é o grito da natureza. Considero a poesia pertencente a esta linguagem. Ela não tem interesse e muito menos o propósito em persuadir, convencer, seduzir ou cativar. Existe simplesmente. Há poemas que se tornam esquecidos como poeira cósmica, outros radiam tanta luz que seria impossível perdê-los de vista.

As palavras que emprego neste “Ainda o Amanhecer” gritam a vida, o ser humano, o tempo que o transporta. Desenho a busca deste ser, que embora, nasce e vive repleto de alegorias, vaidades e ambições, caminha em direção de si mesmo. A eterna busca que ultrapassa os meandros de nossa consciência.

Nenhum homem chega a ser completo mas todos, nessa caminhada, deixam pelo menos rastros. Não creio que meus rastros sejam carregados de sabedoria. Tenho sido sempre um ser que busca. Mas já não me busco mais nos rios que pesquei e nadei, nas cavalgadas que fiz com meu pai, nas cidades que vivi, nos livros que li, nas estrelas que contemplei. Procuro buscar-me no olhar afetuoso de cada ser humano que faz pulsar meu sangue e abrir meu sorriso encontrando forças para viver esta incompreendida vida.

Marco Antônio Pinto

Divinópolis, inverno de 2013

Marco Antônio Pinto
Enviado por Marco Antônio Pinto em 01/04/2014
Reeditado em 01/04/2014
Código do texto: T4752866
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