Noite fria

Deitado na cama sozinho

Olhei pro céu azul escurinho

Vi uma estrela brilhar bem longinho

Teu brilho suave falava baixinho

Pra eu me aquietar e dormir rapidinho

Pois a madrugada se vai e ao seguir seu destino

Vai levar pro seu barraco póbrinho

Umas almas frias regadas a vinho

Vai cobri-las de puro algodão e linho

Vai trata-las, cuidar direitinho

Pra que um dia quem sabe possa se ouvir no vazio

As vozes cantantes dos filhos da noite

Que um dia se foram e se perderam no frio

Oitavo Anjo do Apocalipse
Enviado por Oitavo Anjo do Apocalipse em 29/03/2014
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