Noite fria
Deitado na cama sozinho
Olhei pro céu azul escurinho
Vi uma estrela brilhar bem longinho
Teu brilho suave falava baixinho
Pra eu me aquietar e dormir rapidinho
Pois a madrugada se vai e ao seguir seu destino
Vai levar pro seu barraco póbrinho
Umas almas frias regadas a vinho
Vai cobri-las de puro algodão e linho
Vai trata-las, cuidar direitinho
Pra que um dia quem sabe possa se ouvir no vazio
As vozes cantantes dos filhos da noite
Que um dia se foram e se perderam no frio