Meu primeiro amor.

Escrever para você e sobre você nunca foi e jamais será uma tarefa fácil. O amor que eu sinto por você, talvez jamais eu sinta por outra pessoa, talvez ele jamais se repita, porque ele foi puro, digo sem medo de errar. Ele continua sendo, mas a diferença é que ele nasceu puro, mesmo com todos os poréns, vírgulas e pontos de reticência. Sei lá, você sempre vai ser mais do que reticências na minha vida, você é uma interrogação. São várias coisas a dizer, e a numerosidade de palavras são tantas, mas não sei coloca-las no papel. Estranho né? Eu acho que sei escrever sobre todo mundo, sei falar sobre qualquer pessoa, mas quando chega em você… aí eu me confundo toda, gaguejo e não sei quais palavras usar, quais argumentos usar pra te responder. Você é um ponto de interrogação que eu jamais ousei tentar decifrar, porque assim como você, é um mistério só. Você tem uma coisa que parece secreta em você, sei lá, você nunca deixa que os outros vejam, mas eu acho que percebo. Acho que eu realmente te conheço. E mesmo te detestando algumas vezes, mesmo detestando algumas atitudes que você toma, eu te amo. Sim, eu amo. Como eu já te disse, o amor que eu jamais irei sentir por outra pessoa. Porque você foi o primeiro, e pronto. Você foi o início de tudo. Você foi o primeiro caso a parte, o primeiro contato, o primeiro amor, o primeiro plano, o dono dos maiores sonhos. Mesmo que nada tenho sido realizado, fica a felicidade. A felicidade pela continuidade, porque eu sei que sempre haverá continuidade, mesmo com todos os pontos de reticências que já houveram, jamais haverá um ponto final. E se houver, haverá um novo parágrafo. Não sou fã de eu te amo, de declarações ou “prova de amor”, mas se bem que você até merecia alguma delas. Você é o amor que eu tenho guardado, é a vontade de cuidar, de saber como está, é o se preocupar, é o querer estar bem, sabendo que está lá, feliz e realizado, e se realizar também. É saber que tudo o que passou foi inesquecível, que tá guardado na memória, porque foi único, não vai se repetir com mais ninguém. Quando a minha filha um dia me perguntar: “Mamãe, quem foi o seu primeiro amor?” Primeiro eu vou gargalhar, depois vou me lembrar de você e todas as vezes que você esteve ao meu lado. E vou dizer que foi você. Um amor que não precisa de explicação. A história pode ter ficado no passado, mas o amor continua no coração até hoje. E vai continuar. Sei que vai.

Débora Laís
Enviado por Débora Laís em 27/03/2014
Código do texto: T4746529
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