Amores modernos

Quanto tempo tem durado seu amor eterno? Você já parou pra pensar? Algumas vezes você declara os maiores amores pra alguém no Facebook, diz que encontrou o amor da sua vida, e, de repente, acaba. Aí você passa dois dias sofrendo, no terceiro dia, já está olhando a garotinha na fila do banco, a filha do seu chefe, a garçonete nova. Uma semana depois você está com um novo amor. Simples. Aí, novamente, declara os maiores amores para a tal pessoa, diz que é o amor da sua vida, que nunca sentiu nada igual, que vai casar e ter filhos com a tal pessoa. Ela dá uma escorregada, e você, sem pensar duas vezes, já a manda pra escanteio e começa um novo romance com a sua amiga de anos. Afinal, vocês são amigos, não? O que há de mal? Ela que antes era sua amiga, agora é o novo amor da sua vida. Engraçado. Tão engraçado que chega a ser patético a vida dessas pessoinhas que se encontram nessa situação. E sobre esse amor eterno, o que dizer? Não há nada a dizer, porque isso não é amor. As pessoas dizem que o amor anda banalizado porque elas mesmas o banalizaram. Dizem te amo pra o primeiro que aparece, só é usar uma roupinha de marca, ter a cara bonita, um carro do ano, ou andar com a cara maquiada, né? Isso basta, isso é tudo. Por isso a vida a dois se tornou tão banalizada. Casamento? Casamento hoje é caretice. Quem vai se submeter a isso? Por isso que as pessoas hoje são tão infelizes. Porque não conhecem com quem estão se relacionando, não sabem com quem estão lidando e não estão nem um pouco interessadas em conhecer. É por isso que não vai pra frente, e se torna um ciclo vicioso de “amores eternos”. Aí a gente que tá de fora olha, analisa, dá risada e diz: Se amor for isso, eu não quero amar nunca. Porque, entendam, amar não é dizer meia dúzia de palavras bonitinhas. Amar é demonstrar, é suportar, é conviver, é renunciar, é aceitar, é compreender e fazer de tudo pra dar certo. Amor se constrói com convivência. O amor mesmo, o amor maduro, o amor bonito, o amor de verdade. Não esses amores de quinta, que começam hoje e terminam amanhã. Isso é falta do que fazer. E tenho dito.

Débora Laís
Enviado por Débora Laís em 24/03/2014
Código do texto: T4741356
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