saudade velha alegria
saudade sinto da velha alegria
da velha liberdade da alma
que desprendida, nunca quis nada mais
minha mente, meu corpo jamais ardiam
meus pensamentos não traziam vazio
meu coração não chamava
jamais estava só, não precisava
todos tinham suas medidas
e cada um partilhava o querer que podia
e era bem com isso apenas que via
ao longo, nunca o querer me fez tão mal
tão rude, tudo quando o tempo
e eu insana fizera ao meu coração
deixando-o livre para correr
onde carregado pelo vento forte
foi soterrado em qualquer lugar frio
quando alguém o olha, talvez alheio
não perceba o quanto pulsante e inchado está
e foi nesta maresia fresca
ao passar de vida que veio a ferrugem de um metal barato
sim, foi o caos sentir-se definhar
ao aceitar seguir, sim ocorre a transformação
entre o bem e o mal e, tantos momentos enfermos
viver assim, com cada marca, batendo um peito cheio
entre viver e morrer com tudo.
de fato, não sei se vivi
penso que em em instantes,
depois de tempos, mesmo que raro,
sinto respirar apenas
o passado indo tão longe
em suas marcas recorro ao presente e futuro difícil
é com ternura que as vezes vejo
como nós conseguimos chegar a tanto
e independente do que se sinta,
somente você sentirá
nunca forte, somos sensíveis de mais.
fazemos de cada fração de nosso ser
aquilo que deixamos ser
eu esqueci de tudo
e hoje luto, para lembrar de mim
que eu ainda existo
e que não há somente um único coração
a humanidade não muda, perfeita ou não
e nem a natureza em seus ventos.
tudo que tenho, apenas sonho
livre... e cada parte do meu corpo de volta no lugar
como cuidar de si?!
não sei o quanto egoísta isso parece
da casca fria que tento sair, tem me assusto fora
e temo, de tanto que ainda temos que aprender.
sinto,
mas pelo menos tento
ser de volta quem um dia fui.