Destinos
Do ressurgimento de paredes pessoais nossos
Nos mantemos a distancia do nosso peito
Fundamos marquises de um modo a estarmos,
Num vinculo conosco, a ponto de nos perguntar
Quem somos diante nosso abrigo quando os olhos
Se fecham e nos perdemos na abstracao nossa,
Deveras o que somos enquanto lucidos,
E no cessar do dia nos entregamos mais perto,
De uma celebracao que nos move adiante
Quando flores sao a tempestade de espinhos
Enquanto choramos sangue invisivel alem
Nossa alma encontra sentimentos reais
Na motivacao de lagrimas no deserto nosso,
Mas nao estamos mais presos, estamos algemados
E persistiremos na verdade de cada um sem sermos
A ilusao de um passado que ameniza com o tempo
Mas um dia tudo sera nosso presente, um dia
contudo nos definiremos como a aventura maior
Que nao mais morre na tortuosidade pessoal
Enquanto tudo no nosso deserto passa no tempo
Mas nos condecoramos a sermos refens de nos
E como num suspiro, estamos adiante sem dom,
De perder nunca mais nossa estrada...