Descrente

Fogo, tudo em volta é fogo, estão queimando cérebros com as folhas que pudera suprir mentes.

E nada faço, digo nada puder fazer, sinto-me queimar junto a todo sentido que defendo ser correto.

Incoerente, fraco e preso ao sistema que não criei.

Denoto-me um péssimo profissional, não por falta de eficiência, mas,

por deficiência ao está preso no sistemático mundo da infertilidade cerebral, composta por assassinos parlamentados, que utilizam-se de suas gravatas para enforcar-nos.

Chamas, em toda volta á chamas, estão queimando livros para construir os muros da ignorância. Às calçadas estão cheias de sofrimento, os estádios cobertos de riqueza e, a pureza, se esvai com a bola que ali dentro é chutada, marcando mais um gol para a ilusão.

Denoto-me sem crença, no meio de tanto sofrimento, a fé não me trás paz, além do quê, ela não dará livros aos que precisam ler, comida aos que precisam comer e água aos que morrem de cede.

Descrente, contudo, com dor.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 17/03/2014
Código do texto: T4731925
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