Descrente
Fogo, tudo em volta é fogo, estão queimando cérebros com as folhas que pudera suprir mentes.
E nada faço, digo nada puder fazer, sinto-me queimar junto a todo sentido que defendo ser correto.
Incoerente, fraco e preso ao sistema que não criei.
Denoto-me um péssimo profissional, não por falta de eficiência, mas,
por deficiência ao está preso no sistemático mundo da infertilidade cerebral, composta por assassinos parlamentados, que utilizam-se de suas gravatas para enforcar-nos.
Chamas, em toda volta á chamas, estão queimando livros para construir os muros da ignorância. Às calçadas estão cheias de sofrimento, os estádios cobertos de riqueza e, a pureza, se esvai com a bola que ali dentro é chutada, marcando mais um gol para a ilusão.
Denoto-me sem crença, no meio de tanto sofrimento, a fé não me trás paz, além do quê, ela não dará livros aos que precisam ler, comida aos que precisam comer e água aos que morrem de cede.
Descrente, contudo, com dor.