Segunda-Feira, pausa de um segundo
Ela desceu do táxi. Cheia de bagagens, de peso e tantas outras coisas que não sabia ao certo. Vibrações. Imagens e a saudade também.
O corpo magro, e livre. Dançava nas roupas sem sentido, e o olhar de mulher medrosa ainda reforçava a humanidade de que ela desistiria no final.
Mas ela andou, esperou o ônibus e respirou fundo. Lembrou- se dos cigarros fumados como se ela fosse uma fumante ativa, e sorriu com os olhos.
Sorrir com os olhos...
Mais um pouco, e o ônibus surgiu, vazio... obrigada.
Passagem paga, lugar ocupado e coração embrulhado. Coberto dessas coisas todas que não conseguia nomear, nem decifrar... se lançou no sentir.
E assim fez, se fez...
Sinal, pronta para descer...
Corpo magro, som ventania. E as coisas de dentro que a faziam se sentir vazia.
Pronta para soprar as cordas, e soltar os gritos da nova metodologia.
14/03/2014