Segunda-Feira, pausa de um segundo

Ela desceu do táxi. Cheia de bagagens, de peso e tantas outras coisas que não sabia ao certo. Vibrações. Imagens e a saudade também.

O corpo magro, e livre. Dançava nas roupas sem sentido, e o olhar de mulher medrosa ainda reforçava a humanidade de que ela desistiria no final.

Mas ela andou, esperou o ônibus e respirou fundo. Lembrou- se dos cigarros fumados como se ela fosse uma fumante ativa, e sorriu com os olhos.

Sorrir com os olhos...

Mais um pouco, e o ônibus surgiu, vazio... obrigada.

Passagem paga, lugar ocupado e coração embrulhado. Coberto dessas coisas todas que não conseguia nomear, nem decifrar... se lançou no sentir.

E assim fez, se fez...

Sinal, pronta para descer...

Corpo magro, som ventania. E as coisas de dentro que a faziam se sentir vazia.

Pronta para soprar as cordas, e soltar os gritos da nova metodologia.

14/03/2014

Brígida Oliveira
Enviado por Brígida Oliveira em 15/03/2014
Reeditado em 16/03/2014
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