Manancial

Eu estava sozinho, perdido e carente.

Esperando o copo d’água que alguém um dia me prometeu.

Fui embora porque cansei de esperar,

Mesmo assim a duvida me rondava.

Será que alguém um dia me daria mesmo um copo d’água?

Ou estava me enganando?

Tentando me fazer ficar longe, longe de ti e de teus segredos.

Essa incerteza me cobre de angustia e empatia.

Escuto a voz lá no fundo da minha alma,

Onde se encontra o meu verdadeiro eu,

Que grita meu nome em batidas frenéticas,

Que me permite caminhar e voltar

Para tudo que ainda me incomoda.

Grita para que eu pare de ser ingênua,

Que continue caminhado para frente

E que não olhe mais para trás.

Mas eu queiro aquele copo d’água

Queiro enfrentar os meus medos e minhas insanidades.

Preciso saciar a malicia que me prende junto aos teus olhos.

E assim te tomar junto.

Para que possamos mergulhar no nosso próprio manancial,

Sem interrupções, ou promessas invalidas.

Sem esperas e falsas constatações.

C Vaiolet
Enviado por C Vaiolet em 13/03/2014
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