Manancial
Eu estava sozinho, perdido e carente.
Esperando o copo d’água que alguém um dia me prometeu.
Fui embora porque cansei de esperar,
Mesmo assim a duvida me rondava.
Será que alguém um dia me daria mesmo um copo d’água?
Ou estava me enganando?
Tentando me fazer ficar longe, longe de ti e de teus segredos.
Essa incerteza me cobre de angustia e empatia.
Escuto a voz lá no fundo da minha alma,
Onde se encontra o meu verdadeiro eu,
Que grita meu nome em batidas frenéticas,
Que me permite caminhar e voltar
Para tudo que ainda me incomoda.
Grita para que eu pare de ser ingênua,
Que continue caminhado para frente
E que não olhe mais para trás.
Mas eu queiro aquele copo d’água
Queiro enfrentar os meus medos e minhas insanidades.
Preciso saciar a malicia que me prende junto aos teus olhos.
E assim te tomar junto.
Para que possamos mergulhar no nosso próprio manancial,
Sem interrupções, ou promessas invalidas.
Sem esperas e falsas constatações.