DA ALMA

NA MANHÃ DE 02 DE MARÇO DE 2014

Eu, para quem o carnaval como vivência real deixou de existir há muito, tenho tentado fabricar alguns pequenos momentos de carnaval, aqui no Recanto, ao cantar algumas marchinhas antigas que me recordam de mim e de vós, seres da minha vida cujo destino e vida não me é dado esquecer. Vós, senhor meu, em mortal tristeza, cuja dor e perdas unidas às minhas não me deixam dormir nem me deixam a alma jamais descansar; vós outros dois amigos meus, também em tristeza mortal, cujas perdas e dor nem ouso tocar, em razão da impotência existencial que me faz ficar aqui, assim muda e só, árvore que o vendaval do solo arrancou, desde a raiz, pássaro de asas feridas, mortalmente. Como vós, senhor meu. Como vós, amigos meus, vós todos trindade de e para compromisso fundo, três compromissos de natureza diversa em mim, que também não sou ser de esquecimentos. Não o sou, podeis crer. Como vós. Como vós.Como vós não o sois, nenhum de vós.

Em tempos descartáveis somos, todos nós, estes seres incapazes de esquecer, seres que a vida ilhou, que a vida ilhou, que a vida ilhou. Ao longo das décadas, seres que a vida ilhou.Que nos ajude,a todos e a cada um, o Deus! Que nos ajude o Deus.