Ás margens da singularidade
Vivo num covil onde vivem morcegos,
permeio entre o lado bom do medo,
negro branco ou branco e negro,
fui fundido por dois elementos químicos altamente nocivos um ao outro
cuja composições hidrofóbicas aludem a óleo e a água...
sou um impotente urutau a luz do dia, quando me deparo com os meus elementos de origem,
causa-me vertigem só de imaginar que haverá interrupções
entre uma música e outra, sofro a vistas grossas de algo que prefiro achar não real, por fim... quando toda a poeira abaixa, o que resta de mim é uma baita dor de cabeça,
talvez a solução seja um tarja preta e esquecer assim de tudo.
Ou quem sabe se a vida quiser me entreter, eu posso conter esse desejo de lutar a troco de nada, talvez; quem sabe; de tanto procurar o nada no nada eu não encontre
nada?