Tratando de Ciúme
Quando acaba o ciúme, que muitos afirmam ser falta de amor, o que resta?
Será que essa sensação de posse era o único laço que existia? Será que não existia uma solidez, um objetivo, algo mais concreto nessa relação? As respostas são várias. Na minha humilde opinião de ciumenta em processo de recuperação, quando acaba o ciúme... Resta um vazio a ser preenchido por alguma coisa. Talvez por amor, ou por sentimentos não tão nobres. Quando esse laço possessivo se rompe, resta espaço para o cérebro agir e a razão entrar imediatamente em ação. Passamos a olhar melhor o nosso objeto de adoração e, infelizmente, na maioria dos casos, nos deparamos com uma ilusão de perfeição. Mas estávamos tão inebriados pela certeza de que aquela pessoa a quem daríamos nossa vida para proteger era um ser perfeito, acima de suspeitas e imaculado, que mal nos tocamos das babaquices que fazemos na cegueira de demonstrar lealdade e afeto. Aí surge a dolorida pergunta: Como pude me deixar cegar dessa forma? Como pude ser tão ingênuo e tão imaturo?
O que mais dói nisso tudo é que, quase sempre, o seu “objeto de adoração” não está nem aí para o que você sente. Ai vem mais uma dolorida pergunta: Foi a essa pessoa que eu dediquei os meus dias e as minhas lágrimas?
Mas sem lamúrias, não é mesmo? Sofrer não é remédio para nenhuma doença, nem para o ciúme. Que venham as pedras, Deus nos dotou de inteligência e força para rebatê-las.