Sendo senhor(a) de si (!)

Opinião alheia.

Cuidado.

Diante de situações conflituosas, antes do veredito, muitos têm como hábito consultar a opinião alheia. E em busca ''da luz'', correm ao melhor amigo(a), vizinho, sogra etc. para consultá-lo(a) acerca do ''problema'' em questão. Pode ser a escolha do vestido com o qual deve ir à padaria, que cerveja pedir, se aceita ou não o pedido da vizinha(o) gostosa(o) para o baile de fim de semana.... Ou sobre coisas mais relevantes: se declara o imposto de renda, se confessa a traição ao amado, se maldiz a sogra etc. É neste momento que devemos ser cautelosos. Quer dizer, deve-se (me perdoem pelo ''deve-se''. Não se deve nada, trata-se de ''escolha'') ter cuidado na hora de escolher a quem recorrer. Muitos podem não ter 'conhecimento de causa' para tratar da pendenga em questão. Ou ainda pior: ter interesse direto nela. Perguntar qual cerveja pedir ao dono do bar pode ser perigoso. Pode vir a mais cara. Não há nesse julgamento por parte do dono do bar, portanto, 'imparcialidade'. Se é que está existi. Há parcialidade. Esta, sim, existe! O lucro é a meta, talvez conjecture o empresário. Neste caso, a opção foi dele. E a conta... Outro exemplo. Ddi perguntou a ''colega'' Abc: "Abc, Digo sim ao pedido em namoro de Jg?" E Abc, que tinha paixão, amor velado por Jg, esbravejou à amiga: ''Dispense. Diga, Não. Jg não lhe merece''. Mentirosa... Ddi, então persuadida por Abc, recusou o pedido em namoro de Jg. Está infeliz, Abc, foi responsável direta pela 'separação' de um casal, que talvez desse certo! É amigos... É perigoso consultar os ''suspeitos''. Muitos não têm discernimento suficiente para ''opinar''. E Voltarie, no célebre conto “O Carregador zarolho”, já nos alertava : “Nossos dois olhos não melhoram nosso destino. Um deles deixa ver o bem, o outro, os males da vida. A maioria fecha o primeiro, enquanto poucos fecham o segundo.'' Naturalmente, a probabilidade de encontrar sujeitos do 2º grupo, dos que observam obstinadamente os males da vida, é maior. Para este, a cerveja sempre está quente, por mais gelada que esteja; a sogra, de mal humor, arrogante, não importando para esse cômputo as gentilezas que esta pratique diuturnamente etc.

Nos cuidemos, então. Como? Sendo senhor(a) de si. Se é que isso é possível.

Damião Caetano da Silva
Enviado por Damião Caetano da Silva em 23/02/2014
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