Percepção experimental
Foram muitas as vezes que me peguei amando, adorando, desejando, sentindo, ouvindo....
E essas vezes, foram as vezes em que eu era um sentimento avassalador.
Que nem eu mesma conseguia me parar, que nem eu mesma conseguia
me frear.
Eu não sabia onde era o freio!
Mas eu me deixava ir, ah, eu meu deixava ir tão
longe!
Tão longe quanto o infinito.
Tão longe que eu não pudesse mais ter controle!
E foi aí que voltei, largada ao vento, e me aprisionei.
Comecei a ser racional!
Comecei a me afastar, a me distanciar.
Do mundo, das pessoas, das coisas e afins.
Do mundo exterior, claro!
Eu vivo intensamente meu mundo interior,
é um mundo diferente, onde ninguém pode me dominar, me iludir,
me enganar, me fazer acreditar em verdades não minhas!
Por ora, as minhas verdades não são de ninguém, moram comigo.
Ninguém sabe o que se passa no turbilhão de emoções que sou.
Como podem saber? Não vivem dentro de mim!
Eu vou e volto, paro e volto a ir de novo.
Há pensamentos que nunca pensei, mentes que nunca gravitei,
lugares que nunca fui, e o meu destino?
Quem sabe dele se nem eu sei?
Eu mentirei se eu falasse que sei!
Eu não sei!
Às vezes, não sei nem de mim!
Só tenho poucos planos, para que eu tenha uma base de onde ir.
Para onde ir e estacionar um dia...
Talvez, eu tenha de fazer mais alguns.
Eu só sigo a minha incrível sensibilidade,
é! Ela é incrível, me leva a lugares sensacionais,
dos quais já me acostumei.
Mas me faz senti muito daquilo que eu não gostaria,
embora eu aceite, porque sei que sou um instrumento de Deus.
E as loucuras? Ah, dessas eu não largo não!
Aconteça o que tiver de acontecer,
eu amo, e amar é loucura.
Seria este então, mais uma reflexão,
jogado às retinas de quem gosta de ler pensamentos.