Reflexões Urbanas: As Vias Públicas do Recife
Não pretendo fazer nesse espaço uma análise profunda a respeito desse assunto. Almejo tão-somente dar a minha opinião acerca do que observo na cidade onde resido. Tal cidade que, antes de tudo, é bela e histórica. Mas que, evidentemente, é repleta de problemas, como praticamente todas as outras grande cidades do país. Algumas foram a princípio projetadas para comportarem uma certa quantidade de habitantes; porém, com o passar dos anos, sofreram um inchamento populacional proveniente do movimento imigratório e também da taxa de natalidade. Portanto, hoje quase todas as cidades brasileiras sofrem da mesma doença: a desordem urbana.
Nessa breve série composta de três textos, eu pretendo enfocar os problemas mais gritantes da minha cidade. E sei que, por conhecimento próprio, irão servir de referência para as outras cidades brasileiras. Nesse primeiro texto, trato acerca das vias públicas. A primeira coisa que posso citar é a má conservação: as calçadas são, na sua maioria, esburacadas, desniveladas e desconfortáveis para o pedestre. Este se arrisca, tal qual um aventureiro, por entre os buracos, os desníveis, os estreitamentos e até o insperado surgimento de um veículo que sai de alguma garagem má sinalizada. Agora, imaginemos o risco que correm os deficientes físicos nesse cenário...
E a respeito das pistas de rolamento dos veículos, julgo que estejam até bem conservadas, pelo menos 80% delas. O maior problema encontra-se na sinalização viária, a qual ainda está bastante carente tanto no aspecto horizontal (faixa de pedestres, estacionamentos e etc.) como no vertical (placas de sinalização em geral). Além disso, ocorre uma precária orientação turística ao motorista de outras regiões, que, a fim de não se perder, tem que parar o carro para pedir informações acerca do seu destino.
Pois bem, ficam aqui as minhas concisas observações sobre as vias públicas da capital pernambucana. Em breve, publicarei a segunda parte do trabalho, o qual tratará das praças e outros espaços de convivência da cidade.
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