Ao anoitecer
Já é meia-noite, e a noite sombria e nebulosa ainda não me veio perseguir, porém sinto que as feras da escuridão, logo chegaram, e meu jardim magnificamente belo, se tornará obscuro e amedrontador.
Pensamentos e medos, fazem-me ficar acordado, palavras que lanço ao vazio ,e dedilhadas na parede de aço congelante. Paro e sinto algo a me tomar de uma maneira que não consigo resistir, tanto não aguento suporta quanto quero me entregar, como um rouxinol ao cantar, a beira da janela nas manhãs de primavera, o tenebroso sono me cativa, quase não resisto e começo a cair em tentação. Porém um estalo me veio a mente, porque tão tortuosa e a viagem pelo paraíso da surrealidade, uma dita realidade distorcida.
O grande mistério começa a se desvendar, noites monstruosas que tanto me atormentaram, ficaram marcadas nos pilares da sub-consciência, no entanto os campos celestes fizeram com que tais medos fossem dissipados .
Com meu arranjo de rosas fui descuidado e as deixei secar e caíram, bem a vista, pois não as reguei quando necessário, sendo tarde de mais para tentar salvá-las, de algo que outrora já não exista mas.
Portanto ao desativar a defesa do coração, e abrir as portas da consciência pude ver, que havia uma semente caída no solo árido e morto, assim com todas as forças lutei para tentar entender tudo que passei, refleti e vi que o medo de sonhar com algo indesejado, só me fez perder a noção de viver o que realmente e necessário.
O tempo jamais será reposto, e as coisas que passaram já não voltaram mas, viva o que lhe e de direito, não se arrependas das ações tomadas, e nunca esqueça de se cativar e cuidar de seu jardim, para que uma floresta nebulosa não cresça entre suas roseiras, e ao almejar o broto de sua semente, não passara por uma noite que por sua vez poderá atormentar seus caminhos e fechar seus olhos, o tirando de seus trilhos e o levando ao abismo.