Renascimento

Cada vez que nos despedimos ocorre uma pequena morte, mas uma morte especial, com uma vírgula sob o ponto que não é final, como a da primavera que fenece para renascer cada vez mais plena, aproveita-se da lacuna para abrir mão do supérfluo, maturar e germinar o que ainda é incipiente e preparar uma ressurreição cada vez mais apoteótica, sempre nova e inédita fazendo com que cada reencontro seja como a primeira vez, de uma forma aprimorada tal qual uma tela que cada vez mais se aproxima da perfeição pelas inúmeras vezes em que é repetida, deliciosamente repetida. Quem sabe não é renascimento, a nova chance, o místico e fundamental segredo da vida?

L que não vive sem D
Enviado por L que não vive sem D em 12/02/2014
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