Sem ensaios

Volto a minha velha necessidade, aquela de anos, onde desenhava sentimentos. Volto ao quase inocente, desta vez quase, pois há muito que descobri, que sentir pode não ser escolhas, mas uma opção de viver em sentimento sim.

Tão teimosa, quase tola, brigando, batendo de frente com algo que só fez doer.

Assim se foram alguns anos. neste anos, descobri que não adianta sermos tolos achando que podemos burlar nossas almas, se enganar talvez ou, talvez, tentando não deixar de viver (errôneo). Mas o fato que não houve vida também. Digo que vivi cada vez que aprendi, mesmo comigo, cada vez que sincera sorri. Aprendi que viver nem sempre assim também é o bastante. é uma luta sim. Uma luta onde percebi que ali estava somente eu, comigo.

Aprendi a amar, aprendi sobre o desamor. Parei de desejar amar quando o desamor fora tudo que senti.

Amor sincero é algo que tens que apreciar, pois sim é raro.

Desistir dele a contra ponto é o maior sacrifício que alguém pode ter.

O sacrifício de matar algo que vive dentro do peito. Algo que você sentiu e que nada poderá mudar, a não ser viver uma morte, mas que sentiu-se em uma vida.

É puro e doloroso porque ele não pode ser o que o que é. Não foi e será visto e cuidado. Não foi ou é alimentado onde ali estava um coração dentro.

Não é mesmo obrigado a saber lidar, apenas sei de sonhos que genuínos e puros se fizeram. E a dor de lago ser tido como anônimo invisível.

Me faz rir de tanto chorar. Um pesar pela verdade ingrata que não se passou de ilusão. Como uma festa que a gente espera tanto, espera... onde a esperança se fazem como fios cortantes, que a cada derrota, dilacera. Você segura para não machucar, quer se soltar, mas a esperança teimosa, faz com que continue lá.

Não houve verdade, não houve sentimento, não houve o todo eu ali, que fizesse amenizar.

É meu sim o que sinto, uma pena, por uma flor que sentida e tamanha força, não pode nem assim aflorar. Mas cá minha flor, quase morta em um papel. Com uma única promessa, de não permitir mais nenhuma verdade desta.

Não é só uma flor que vejo, mas sim parte de mim e vida em algo que pulsara em cada centímetro de sangue e em cada lágrima contida ou não. Em cada segundo, em anos, de amor e de ódio por amar.

Um dia esperei que o mundo soubesse de todo meu amor, assim como seu todo seu teor e significado. Outrora o contento apenas em uma única alma além da minha o soubesse, sentindo-se feliz com ele.

Hoje, nem a mim quero carregar com tal saber. Muito menos, que se faça merecer que o saibam.

Aqui descrevo apenas sobre a verdade que vivi, vivo senti e sinto. Apenas verdades que carreguei tanto e trouxeram apenas trilhar muito momentos vazios por isso. Verdades que me trouxeram duvidar de quem era.

Mas minha verdade e minha alma não irei abandonar. Somente pontuo que a verdade, é algo que não se pode esperar receber por ela.

O benefício que traz é não se perder a alma. Ao demais, não espere nada, ou que um dia terá valor além dos olhos daquilo que qualquer um quer ver. Tanto que nunca aposte sua vida... você irá morrer só, está a verdade humana.

Por isso, não pense em fazer ou deixar de fazer algo na vida por alguém. Somente por si, porque toda consequência sim será sua.

Jamais permita aprisionar suas almas. Eu ainda vejo um sol quadrado quase sem cor. Mas sinto sim esperanças, de jamais deixar que ele volte a isso.

A única verdade é a liberdade e a paz poderemos uma dia possuir. Em momentos assim sinto menos enfermidade, pois não desejo bens... apenas minha alma verdadeira livre e com o valor de ninguém mais que o meu próprio.

Sem o desejo de jamais voltar, como fora no trajeto de esperança e desespero de um desamor.

Quando menina sonhava muito, desenhava e escrevia ventos, sopros de sentidos, sentimentos nos quais mais tarde deixei-me envolta.

Hoje menos escrevo em busca de digerir o cansaço, tudo que deixei agarrar-se a mim. A culpa disso fora a profundidade com a qual permiti abrir o coração.

minha razão está maior, tampo buracos, tento consertá-los e o resultado são cores que começam a se permitir, lentamente serem lembradas de suas existências. Cores que um dia busquei tanto no desconhecido meu. apenas um reflexo de viver mais outro dia.

Sem pressa, apenas penso... um dia minha verdade será motivo de voltar a sorrir, por ser quem eu sou e sentir o que sinto.

E desta vez, em muito tempo, oque muda e oque dá força é que existe a consciência de ser somente eu viva em meus pensamentos ou , que seja, neste buraco que deixei enterrar meu coração.

Sinto que assim não vou ter medo de fracassar mais, medo de ser fraca demais, me machucar ou, sentir em vão esperando algo que não seja além de mim.

Punições próprias de dias e anos vão sessando. E prova disso, são lágrimas que não escorrem mais.

Chega se o tempo em que acabam-se os ensaios.

...que não voltem nunca mais.