APESAR DE...

Não vou chorar pelo leite derramado...

Nem pelo amor congelado, ilusão já perdida...

Nem pela verdade, que se mostra tão bandida...

Nem pela banida crença, que me fez cega, por tempo...

Não porei remendo nem tão pouco renda...

Passarei pela fenda sem sustos...

Pagarei os custos de ser eu, qual seja o preço...

Descalço adereços, à nu me revelo, a alma exposta...

Apesar dos pesares, sigo em frente, à revelia...

Sinto e pressinto estar bem perto, aquele dia,

Que mirarei o oásis, fim dos ais, paz que eu queria!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 09/02/2014
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