PORQUE ME TOMAS?
PORQUE ME TOMAS, CHAMA ARDENTE?
QUEIMANDO MEUS PENSAMENTOS LEVIANOS
E ME LEVANDO A EXAUSTÃO DO MOMENTO EM QUE PENSO,
EM MOMENTOS, QUE NEM VIVI, NEM SENTI O PRAZER REAL,
QUE FAZ MINHAS CARNES TREMER COMO UM ANIMAL NO CIO,
PERDIDO NUM MATAGAL DESCONHECIDO, ESPERANDO
SUA PRESA FATAL;
PORQUE NÃO ME TOMAS, AMOR IRREAL?
E SE EMBRIAGA DO LIQUIDO POROSO DO MEU CORPO,
NA MISTURA DE AÇÚCAR E SAL,
O DOCE COM O SALGADO NUMA MISTURA SURREAL,
AGREI-DOCE, BEM OU MAL, A MISTURA NATURAL,
MERGULHA NESSE POÇO CARNAL,
E NUNCA MAIS SINTA A CEDE DO DESEJO NATURAL.