A construção euclidiana da felicidade
A construção euclidiana da felicidade
Euclidiana a concepção de que um relacionamento humano encaminha-se de acordo com a metáfora da construção; trata-se nesta metáfora de aceitar que é possível realizar a assepsia que vai garantir separar o trigo do joio e encaminhar o edifício aos píncaros da completa realização. Somente a frustração é o que nos espera no alto do ideal que nos engana levando a acreditar que a relação sexual existe.
Quando nos deparamos com a constatação de que vida, exilada de suas ilusões, legitimamente nada mais é do que falta e que é preciso arranjar-se como pode e da melhor maneira possível com seus escombros, descobrimos como somos tolos por não termos percebidos que viver uma vida autêntica nada mais é do que ter a coragem de se virar com a única forma sensata de viver e que é aquela que revela e aceita que não há ideal que possa dar conta da ilusão chamada felicidade. Ao final o que resta são sempre escombros e feliz daquele que consegue encontrar em meio a estes escombros, entulhos, dejetos, despojos algum broto de semente um dia bem plantada.