V.E.R.B.O

     Verbo é, está, parece. 
     Verbo amanhece, entardece, anoitece e, quando se cansa de dormir, desperta novamente para brilhar intenso e único. Ou ainda ele, entristecido, luta, pranteia, sente, fenece.
     Verbo é essência da frase, alma da comunicação, espírito da língua. 
     Até quando não é, ele é: vestibulando, concursando, mestrando, doutorando, por acaso são verbos nominais? Não! São nomes verbais. Luar, solar, estelar são pobres nomes, nomes invejosos com síndrome de verbos, estes que manifestam a sublime capacidade que têm de dizer o que precisam sem precisar dizer mais nada. 
     Verbo formata texto, vive com pretexto: é, integralmente, contexto!